13 de outubro de 2009

O Mistério da Casa em que Vivi...

Quando eu era pequena, meu pai comprou uma mansão, fora da cidade em que vivia, em uma rodovia que parecia deserta.

Depois que a gente começou a morar lá, ainda me lembro de várias coisas estranha que aconteciam, desde que eu tinha 4 anos.

Com a idade citada acima, eu sempre via de noite brinquedinhos, que não pareciam brinquedinhos, mas sim tipos de fantasminhas, não sei como explicar, andando em volta da minha cama. Um ano depois, eu estava com tanto medo, que, sim, chamei minha amiga para ir lá dormir comigo, pois minha mãe achava que eu estava brincando com a cara dela... Pedi para Rosalinda, minha mãe, se Thays (a amiga) podia ir em casa, ou, se posso dizer, a mansão, e ela ainda falou:

-Minha filha, você tem que parar de ficar chamando amigas para dormir aqui, ainda está vendo bobices de criança?

Bom, para falar a verdade, não era só por causa da minha cama, era também porque sempre que assistia T.V., via fantasmas saindo dela, e vindo para cima de mim. E sempre me perguntava "Será que estava ficando louca?", descobri, depois de algum tempo, que não.

O telefone tocou, era minha amiga, falando, com voz de choro, que não ia dar para ela ir lá, mas que sábado que vem ela ia sem falta. Então decidi contar tudo o que estava acontecendo, ali, por telefone mesmo.

O "sábado que vem" chegou. Ela foi lá umas 10 horas da manhã, e só por causa disso minha mãe me deu uma bronca perguntando porque aquela menina que para ela era muito estranha tinha ido lá tão cedo. Para me livrar de um belo castigo que com certeza viria, falei que eu e Thays tinha que fazer um trabalho para a escola, e, também, Thays tinha faltado alguns dias por causa de uma febre bem forte e agora tinha que repor matéria. Por pura sorte, não sei como, ela acreditou... coitada.

Chegou a noite. Mais ou menos umas 11 horas a minha avó chegou, fazendo o maior a maior festa, falando que estava com vontade de fazer uma, e quando minha vó cisma com alguma coisa, até ela não fazer não pára sossegada. O problema era, que a festa que a minha vó queria fazer, não era uma festa com música e tal, era uma rodinha em volta da fogueira com alguém contando histórias de terror. Eu e minha mãe nos olhamos, ela com uma cara de "Não vai me dizer que a gente vai te que acender essa fogueira e ficar lá ouvindo histórias de terror né..." e eu com uma cara de "Pela cara da vóvó, acho que sim.... Não vou conseguir dormir essa noite, e não vai ser as minhas bobices de crianças...", por fim acabamos indo. Acendemos a fogueira, que acho que demorou 1 hora, porque ninguém sabia fazer uma, mas quando começou a pegar fogo, ela refletiu na água, que refletia a luz da lua cheia, e, por fim, sentamos em volta dela. Nisso, ouvimos o relógio dar 12 badaladas, que ficou ecoando na varanda, e minha vó começava:

-Dizem, as pessoas que moraram nessa casa, - enquanto ela falava, eu ia já comentando com Thays que ela tinha acabado de inventar e que era tudo mentira aquela história. Descobri também que não... ela continuava - que antigamente, no porão desta casa, a mulher de Tomás, um dos antigos moradores, encontrou um livro trancado por um cadeado. Elisandra (a mulher), pegou o livro, tentou abri-lo, mas não conseguiu, só aí que viu a chave em cima da mesa, imediatamente chamou Tomás, que ficou com muito medo, mas com a curiosidade que não dava para não abrir o livro. Então abriram...

Nesse momento, Thays notou que as folhas das árvores se mexiam, coisa muito estranha pois não havia vento naquela noite. Nós duas nos olhamos, decidi falar para minha mãe que ia beber água com a Thays. Em vez de ir para a cozinha, fomos até o porão, e fizemos um sacrifício para abrir aquela imensa porta, e entramos.

Eu já tinha pensado que aquilo que minha vó contara poderia ser verdade, mas não pensava que eu que ia ver o livro... pois vimos... vimos o livro da história da minha vó, em volta dele, não estavam apenas o corpo de Tomás e Elisandra caídos no chão, mas também havia assombrações e espíritos de pessoas. Thays, em desespero total, viu a chave caída no chão, e falou que nós poderíamos fechar o livro e a maldição ia se acabar. Enquanto brigávamos para ver quem ia fechar o livro, todas aquelas terríveis coisas que eu pensava que era minha imaginação pararam e olharam para nós. Não dava mais tempo para pensar em quem ia fechar o livro, então Thays resolveu fazer alguma coisa da vida, saiu corrrendo em direção aos fantasmas, pegou o livro e fechou acabando de vez com aquela história.

E desde então eu nunca mais vi as coisas que via...

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